COM DIREÇÃO DE JARBAS HOMEM DE MELLO E TÚLIO RIVADÁVIA, ESPETÁCULO TRAZ DRAMATURGIA INÉDITA COSTURADA PELAS CANÇÕES QUE SE TORNARAM CLÁSSICOS DA MPB NO GRANDE ENCONTRO DE GERALDO AZEVEDO, ALCEU VALENÇA, ELBA RAMALHO E ZÉ RAMALHO
Do mesmo trio de produtores de “O Musical Mamonas“, “Em Busca do Balão Mágico”, “A Dona da História” e “Ninguém Dirá que é Tarde Demais”, a nova produção conta com um grupo de 20 atores, músicos e cantores que executam em cena os cerca de 35 temas musicais que costuram a trama. O elenco reúne talentos vindos de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Maranhão e Amazonas.
Um Grande Encontro – O Musical chega no dia 21 de junho aos palcos do Marte Hall trazendo uma narrativa inédita para apresentar uma história ficcional inspirada por canções atemporais e sucessos da MPB. A montagem segue em cartaz até dia 1º de setembro em São Paulo.
Idealizado pelo trio de produtores criativos Rose Dalney, Marcio Sam e Túlio Rivadávia – responsáveis por O Musical Mamonas e Em Busca do Balão Mágico –, o espetáculo tem direção artística de Jarbas Homem de Mello e Túlio Rivadávia, que também assina a dramaturgia. No palco, três músicos e dezessete atores, formam um bloco carnavalesco que, tal qual um coro no teatro grego, conta a história de amor, sonhos e desafios do músico Tom e de Diana, ameaçados pelas mentiras e armadilhas criadas por Tião, obcecado pela moça. Tudo isso embalado pelas canções do icônico repertório da trilogia de álbuns O Grande Encontro, que reuniu Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho. O Grande Encontro foi um bem-sucedido projeto colaborativo, cujo primeiro volume foi lançado em 1996, com Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho. O repertório trazia, entre outras, Coração Bobo, Sabiá, Talismã e O Ciúme. O volume 2 saiu em 1997.
direção artística – Essência do carnaval, da cultura do Recife e Olinda
Sob a direção de Jarbas Homem de Mello e Túlio Rivadávia, o musical Um Grande Encontro mergulha nas raízes culturais do repertório das canções e busca no carnaval, do maracatu e da cultura nordestina, os elementos estéticos para ambientar a narrativa. Desde o início, Jarbas Homem de Mello conta que considerou essencial captar a essência das ruas de Boa Viagem, Olinda e do Rio de Janeiro, lugares onde a narrativa se desdobraria, principalmente pelo sotaque característico da região. Assim, a decisão de priorizar atores nordestinos foi fundamental, resultando em um elenco composto em sua maioria por talentos vindos de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, que trazem consigo não apenas a sonoridade única, mas também a autenticidade cultural tão intrínseca à região. Inspirado nos ritmos e tradições carnavalescas, o musical adota uma abordagem de ensemble, onde todos os membros do elenco têm participação ativa, evocando os coros do teatro grego. Os narradores, representados por três fofoqueiros, acrescentam profundidade à trama, conectando-a ao folclore do Nordeste.
Ao mergulhar na jornada do herói em busca de seus sonhos após uma decepção amorosa, o musical oferece uma narrativa familiar, porém revitalizada por uma nova estética e abordagem”, explica Jarbas.
direção musical – Sonoridade adaptada à dramaturgia
Daniel Rocha não está apenas dirigindo um elenco; ele está liderando uma orquestra de talentos no palco. Nas audições, Rocha e sua equipe buscaram não apenas atores, mas músicos versáteis capazes de tocar diversos instrumentos. O resultado? “Uma coleção impressionante de talentos que não só cantam, mas também tocam desde rabeca e flauta até saxofone e violão”, observa Rocha. Essa diversidade instrumental permitiu adaptar a sonoridade do espetáculo à dramaturgia, criando uma paisagem sonora envolvente e expressiva que molda a instrumentação de cada cena para complementar as emoções e os momentos do enredo. Com 35 temas, a montagem navega pela discografia de O Grande Encontro, transformando cada música em um elemento essencial da narrativa. A direção musical respeita a sonoridade da época, adicionando nuances contemporâneas para manter o espetáculo vibrante. A ideia é que o público se emocione e cante junto canções como Anunciação (Alceu Valença), Bicho de Sete Cabeças (Renato Rocha), Dona da Minha Cabeça (Fausto Nilo/Geraldo Azevedo), Frevo Mulher (Zé Ramalho), Veja – Margarida (Vital Farias), Banho de Cheiro (Carlos Fernando), além de canções de Dominguinhos, entre outras.
coreografia – Corpo como instrumento
Com uma trilha sonora icônica como ponto de partida, Sabrina Mirabelli mergulhou em um processo coletivo para descobrir a linguagem corporal que deu vida à narrativa do espetáculo. Ela enfatiza que o corpo é um instrumento tão poderoso quanto a voz na expressão artística, guiando o elenco na descoberta de sua própria identidade corporal. Focando menos na técnica formal e mais na capacidade de comunicar e emocionar, Mirabelli busca integrar ritmos nordestinos à coreografia, mesclando movimentos contemporâneos sem perder a essência e a pulsação característica do estilo. “Nem todos no elenco têm a base da dança. Para quem tem já é meio caminho andado no sentido da técnica, de usar a favor, uma ferramenta para auxiliar naquilo que tem que ser feito, mas quem não tem também não necessariamente precisa disso. Inclusive, às vezes, é até bom a gente partir desse corpo que não tem essa técnica”, afirma.
cenografia – Inspiração nas cores das festas populares
O desafio de Carmem Guerra foi criar um cenário que pudesse abranger os vários ambientes da narrativa, sem perder a autenticidade de cada ambiente. Para isso, ela mergulhou em pesquisas sobre as festas populares do Nordeste, especialmente em Pernambuco, buscando inspiração nas cores, texturas e elementos icônicos do Galo da Madrugada e do Carnaval de Olinda. O céu de fitas de cetim, uma homenagem aos figurinos festivos, paira sobre o palco, enchendo o ambiente com uma sensação de celebração e movimento. As ladeiras de Olinda são representadas por uma rampa sinuosa, adornada com janelas que ecoam a arquitetura histórica da cidade. O resultado é um mosaico de imagens e cores que pretende transportar o público para os vibrantes cenários de Recife, Olinda e Rio de Janeiro, onde cada detalhe contribui para a atmosfera única do espetáculo.
figurino – Fusão entre o realismo e o fantástico
Explorando uma fusão entre o realismo e o fantástico, Bruno Oliveira realizou uma meticulosa pesquisa de materiais e texturas para dar vida aos personagens. Cada peça é elaborada mesclando referências artesanais com uma rica paleta de cores e padrões inspirada nos tons do casario de Olinda, que ecoam tanto o imaginário folclórico quanto elementos da época em que se passa a narrativa.
Repletos de elementos naturais como cabaças, cordas e fitas características de festas nordestinas, além de vestir, os trajes evocam uma sensação de lugar, colaborando para que o público identifique onde as cenas se passam” , detalha Bruno Oliveira.
visagismo – Brilho e cores do Carnaval
O visagismo do espetáculo aposta no lúdico. A ideia é que os personagens transmitam o brilho e as cores do Carnaval de Olinda e do Rio de Janeiro”, conta o criativo Dicko Lorenzo.
texto – Narrativa em tom novelesco para uma história original.
Evitando o caminho dos musicais biográficos, Túlio Rivadávia optou por uma narrativa novelesca, uma história original que fosse costurada por todos aqueles sucessos, buscando inspiração nos elementos das canções para desenvolver personagens e ganchos dramatúrgicos. Pesquisou também fatos e locais que permeavam a vida dos artistas de O Grande Encontro, como Olinda, a praia de Copacabana e o Teatro Thereza Raquel no Rio de Janeiro, onde iniciaram suas carreiras, adicionando nuances de realismo a uma trama fictícia, porém enraizada na cultura brasileira.
Temos homenagens a eles em um dos núcleos do espetáculo, trazendo traços da personalidade de cada um, mas tudo é uma grande ficção sem compromisso com fatos reais. Nosso personagem principal vive a jornada do herói, emigrando de Olinda para o Rio de Janeiro em busca do sonho de viver de música. É uma história de amor e provações costurada por grandes sucessos da música popular brasileira”, informa Túlio.
Produção e idealização – Ligação desde O Musical Mamonas
Unidos pela paixão pelo teatro, Rose Dalney, Marcio Sam e Túlio Rivadávia formam um trio dinâmico que há mais de uma década realiza produções inovadoras. Com ligação profunda e uma forte amizade que precede suas carreiras, a parceria entre eles se consolidou a partir da produção de O Musical Mamonas, e desde então, eles têm sido um trio imbatível, criando produções como Em Busca do Balão Mágico, A Dona da História e Ninguém Dirá que é Tarde Demais. Marcio Sam, pernambucano e apaixonado pelo O Grande Encontro, foi o catalisador da ideia. Com o entusiasmo e apoio dos dois sócios, a concepção do musical começou a ganhar forma. Rose está à frente da direção de produção, Marcio além de assinar a idealização e produção, integra o elenco e Túlio escreveu o texto, além de codirigir a montagem.
Para dirigir o espetáculo ao lado de Rivadávia, foi convidado Jarbas Homem de Mello, com quem os três produtores trabalharam no Em Busca do Balão Mágico. “Jarbas não apenas dirige, mas também é um parceiro criativo que contribui com ideias valiosas e um olhar generoso para o projeto”, conta Márcio. O elenco, formado por 70% de atores nordestinos, foi selecionado por meio de audições realizadas em março.
Para nós sempre foi clara a importância de ter uma maioria de atores de origem nordestina, o que conferiu uma autenticidade ainda maior à montagem. Muitos deles não moravam em São Paulo e vieram para cá para trabalhar, para correr atrás de seus sonhos. Há uma grande identidade entre a história contada no palco e as histórias pessoais de cada integrante do elenco”, observa Rose.
Ambientada no início dos anos 70, Um Grande Encontro celebra o amor, fruto dos encontros, por meio da trajetória do romance que entrelaça a vida de Tom Silva, jovem músico sonhador, e Diana Abrantes, também conhecida como Margarida, uma mulher de espírito livre mas que precisa enfrentar as barreiras criadas pela obsessão de Tião Cavalcanti. Tom cresceu pelas ladeiras de Olinda; filho de músico, herdou o talento do recém-falecido pai. Para amenizar a tristeza de sua perda, Tom é levado por seu melhor amigo, Lito, para a badalada praia de Boa Viagem, onde acontece o primeiro e inusitado encontro com Diana. É paixão à primeira vista.
Tudo seguia bem para um próximo encontro, até a interferência de Tião, Sebastião Cavalcanti, filho de políticos influentes, que manda e desmanda nas areias de Boa Viagem e é obcecado por Margarida. Junto de seus capangas, tentam enganar Tom, fingindo-se de noivo de Diana. Frustrado, Tom decide partir para o Rio de Janeiro e ir em busca de realizar seu desejo: o de tocar no concurso da rádio transmitido para todo o país direto do Teatro Thereza Raquel. Diana, a Margarida, não se conforma com o sumiço de Tom e tenta reencontrá-lo. Tião entra em cena novamente e fará de tudo para impedir um novo encontro entre os dois. Entre amores, sonhos, conflitos e amizades, costuradas por músicas inesquecíveis da MPB, a busca de um encontro irá acontecer.
FICHA TÉCNICA
ELENCO / PERSONAGEM
Victor Medeiros – Tom
Marina Braga – Diana
Osmar Silveira – Tião
Márcio Sam – Lito
Marica Clara Aquino – Mara
Larissa Carneiro – Dona Anunciação
Gabriel Vicente – Apresentador / Líder da Caravana
Nestor Fonseca – Cicinho
Paulinho Ramos – Nico
Rodrigo Sestrem – Matias
Mikael Marmorato – Valencia
Clayson Charles – Fofoqueiro
Roma Oliveira – Zé Raimundo
Vinícius Loyola – Geraldinho
Júlia Perré – Elma
Walerie Gondim – Fofoqueira
Sémada Rodrigues – Fofoqueira
Músicos regentes e Pianistas: Andrei Presser // Renan Achar
Percussionista: Daniel Alfaro
CRIATIVOS E PRODUÇÃO
Texto: Túlio Rivadávia
Direção Artística: Jarbas Homem de Mello e Túlio Rivadávia
Direção Musical: Daniel Rocha
Idealização: Rose Dalney, Túlio Rivadávia e Marcio Sam
Coreografia: Sabrina Mirabelli
Cenografia: Carmen Guerra
Figurinos Bruno Oliveira
Iluminação: Wagner Freire
Visagismo: Dicko Lorenzo
Designer de Som: Tocko Michelazzo
Consultoria em danças regionais: Sémada Rodrigues
Produtora de Elenco: Giselle Lima
Assistentes de produção de elenco: Fabi Tolentino e Lurryan Nascimento
Produção Executiva: Clayton Epfani
Produção: Rose Dalney e Márcio Sam
Assessoria de Imprensa: Arteplural
APRESENTADO PELO Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas
Patrocínio: UOL
Copatronínio: Movida, Grupo Vamos
Apoios: Apsen, Hortifruti, Tubos Ipiranga
Realização: Rivadavia Comunicação
Produção: Miniatura 9 e Religar
SERVIÇO
TEMPORADA: De 21 de junho a 1º de setembro de 2024
LOCAL: Marte Hall São Paulo – R. Domingos de Morais, 348, Vila Mariana
DIAS e HORÁRIOS: Sex às 21h | Sáb e Dom às 15h30 e 19h
INSTAGRAM: @umgrandeencontro
VENDAS (on-line com taxa): olhaoingresso.com.br
VALORES:
Mesas A/B/C – R$ 160 (inteira) + R$ 32 (taxa) | R$ 80 (inteira) + R$ 16 (taxa)
Assento com bancada – E/G/I/K/M – R$ 140 (inteira) + R$ 28 (taxa) | R$ 70 (inteira) + R$ 14 (taxa)
Filas O/P/Q – R$ 140 (inteira) + R$ 28 (taxa) | R$ 70 (inteira) + R$ 14 (taxa)
Fila R – R$ 70 (inteira) + R$ 14 (taxa) | R$ 35 (inteira) + R$ 7 (taxa)
VENDAS (física sem taxa): Bilheteria de Terça a Domingo das 14h às 20h ou até o início do último show | Telefone : (11) 3542-4680 / Whatsapp : (11) 97608-5261
MARTE HALL
Bem próximo ao metrô Ana Rosa, o antigo Comedy Sampa, após uma grande modernização, foi rebatizado para Marte Hall. Com fácil acesso e estacionamento parceiro, a casa recebe espetáculos de teatro, stand-up e música. A platéia é dividida entre mesas e poltronas. A casa oferece serviço de bar e alimentação. Para receber o espetáculo Um Grande Encontro e oferecer uma experiência completa ao público, a casa desenvolverá um cardápio diferenciado com drinks e petiscos típicos do nordeste brasileiro.